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Os trabalhadores da indústria estão comemorando a melhoria de salários. Embora a criação de empregos no setor tenha ficado estável entre fevereiro e março, a folha de pagamentos das empresas teve resultado positivo pelo terceiro mês consecutivo, com crescimento de 0,5% em março. Em janeiro, a alta foi de 0,2% e, em fevereiro, de 0,9%, revelou o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

No acumulado do ano, o aumento chegou a 6,7%. Quando se considera o período de 12 meses, a elevação bateu a marca de 7,6%, o melhor resultado desde abril de 2005, quando registrou variação de 7,7%.

Segundo o pesquisador do IBGE Fernando Abritta, o bom desempenho é reflexo das negociações salariais de 2010. No ano passado, os acordos entre patrões e empregados registraram a maior proporção de reajustes com aumento real, acima da inflação, desde 1996, quando o Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese) iniciou a série histórica.

Abritta destacou ainda o impacto das parcelas de participação de lucros e resultados. “Normalmente, as negociações salariais são no segundo semestre. Agora, os efeitos aparecem nas comparações. A elevação reflete também o pagamento de horas extras e de férias”, afirmou.

Setorialmente, em comparação com março do ano passado, o valor da folha de pagamento real cresceu em 12 dos 18 setores pesquisados. Os destaques foram meios de transporte (14%), máquinas e equipamentos (10%) e alimentos e bebidas (4,9%). O setor de papel e gráfica apresentou a maior queda (-13,7%).

Fonte: Correio Braziliense