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RIO — A agência de classificação de risco Standard & Poor’s (S&P) informou nesta quinta-feira que elevou a nota (rating) da dívida de longo prazo em moeda estrangeira do Brasil de “BBB-” para “BBB”. Já a qualificação da dívida de longo prazo em moeda local foi elevada de “BBB+” para “A-”. Foi a mesma agência que em agosto rebaixou o rating dos Estados Unidos de “AAA”, nota máxima, para “AA+”.

Ao mesmo tempo, a dívida de curto prazo em moeda estrangeira foi elevada para “A-3” e em moeda local, para “A-2”.

De acordo com comunicado distribuído pela S&P, a melhora da nota de crédito do Brasil foi motivada por políticas macroeconômicas “prudentes”, como o “consistente superávit primário próximo a 3% do PIB”, executadas pelo governo Dilma Rousseff.

“Durante o primeiro ano de governo, os resultados fiscais foram melhores do que o plano original”, diz texto da agência.

Essa política fiscal deu mais flexibilidade à política monetária, de utilizar a taxa básica de juros, para combater os efeitos negativos de uma “queda na demanda externa”.

“A combinação do compromisso político brasileiro de políticas econômicas cautelosas, economia diversificada, e sua imagem externa cada vez melhor, devem moderar o impacto de potenciais choques externos e manter suas projeções de crescimento no longo prazo, na nossa opinião”, diz o comunicado.

Mas a melhora veio com um alerta. Segundo a agência, se o governo falhar no combate à inflação, piorar o resultado fiscal e aumentar o crédito de bancos públicos, os “pilares econômicos” dos avanços recentes podem regredir e resultar em uma “piora da nota”. A S&P reitera que o Banco Central precisa manter a inflação em um patamar condizente com o regime de metas, ou seja, abaixo de 6,5% ao ano.

“A implementação de uma vigorosa agenda de reformas econômicas que impulsionem o investimento e o crescimento do PIB daria ao Brasil maior flexibilidade de política e menores taxas de juros reais e, por sua vez, poderia resultar em uma nova melhora da nota. Por outro lado, a falha em conter a inflação em níveis que mantenham a credibilidade do regime de metas do Banco Central, combinada com uma política fiscal mais frouxa e maior reforço a empréstimos de bancos públicos, poderia frear ou potencialmente reverter a recente melhora nos pilares econômicos do Brasil e resultar em uma piora da nota de crédito”, diz a agência em comunicado.

Nota divulgada pelo Ministério da Fazenda disse que a decisão de promover a nota brasileira em um momento delicado da economia internacional é um reconhecimento à política econômica brasileira.

“Numa conjuntura em que vários países têm sofrido rebaixamento de suas classificações de risco e governos têm-se enfraquecido por

conta de problemas econômicos, o anúncio da agência de rating evidencia o sucesso da gestão da economia brasileira em seu objetivo de fortalecer o País”, diz a nota.