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No Paraná, o setor foi responsável por 8.407 das novas vagas; em Curitiba foram 2.948 contratações e em Londrina 1.332

O Paraná registrou crescimento de 0,56% no saldo de assalariados com carteira assinada em fevereiro, em relação ao estoque de janeiro. No segundo mês do ano, foram gerados 14.075 postos de trabalho em todo o Estado. Em Curitiba, o incremento foi de 0,65%, com um total de 4.546 novas vagas. Já em Londrina, 1.469 postos foram criados, o que representa acréscimo de 0,96% em relação ao mês anterior. De modo geral, o setor de serviços foi o que mais contribuiu para o incremento. Os dados são do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), divulgados ontem.

No Paraná, os serviços geraram 8.407 novos postos, seguido pela indústria de transformação (3.303), comércio (1.349) e construção civil (1.231). Nos últimos 12 meses, o crescimento no nível de emprego no Estado foi de 4,79%, com um total de 115.768 vagas de trabalho. Esse resultado foi o melhor da Região Sul.

Em Curitiba, o setor de serviços foi responsável por 2.948 contratações, com variação de 0,81%. Construção civil veio na sequência, com 732 vagas (1,43%); o comércio ocupou a terceira posição, com 669 novos postos (0,44%) e a indústria de transformação foi o quarto principal setor, com a criação de 127 vagas (0,12%).

Dos 1.469 empregos criados em Londrina no segundo mês do ano, 1.332 foram de serviços, que registraram variação de 1,87% ante o mês anterior. A agropecuária teve a segunda maior participação, com a geração de 135 vagas (5,38%) e o terceiro lugar ficou para a indústria de transformação, que teve incremento de 0,46%, responsável por 127 novas vagas com carteira assinada.

Para o economista Fabiano Camargo da Silva, do Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese), o destaque do setor de serviços é sazonal e se deve, provavelmente, às ferias de começo de ano. ”Neste período, as pessoas gastam mais com viagem e hospedagem, por exemplo”, elencou. Outra possibilidade citada por ele é a contratação de professores para o início do ano letivo.

O economista observou ainda que, embora serviços tenham o maior número em termos absolutos, é necessário atentar para a variação percentual da construção civil. No Paraná, o saldo deste setor teve variação de 0,80% ante 0,94% de serviços e em Curitiba o percentual foi de 1,43% para a construção civil e 0,81% para serviços. ”No ano, a variação de emprego da construção se destacou no Estado, com 3,53% de crescimento, enquanto serviços ficou com 1,86%”, comparou. Na capital, o setor também foi o que mais cresceu neste ano (5,43%).

Silva credita o bom resultado do setor, tanto no Brasil quanto no Paraná, ao aquecimento da habitação, ”motivado pelo aumento da renda e também às grandes obras, como a Copa do Mundo e as Olimpíadas”.


Em uma avaliação geral dos índices de emprego, ele observou que apesar de os números serem positivos, não chegam nem perto do patamar de 2010. ”que foi um ano excelente de crescimento da economia”. ”Em contrapartida, 2011 não foi bom. Apesar da crise, o Governo acredita no mercado interno e espera que 2012 registre crescimento da economia e do emprego superior ao do ano passado”, disse. ”Temos esperança que isso aconteça porque já está sinalizado um cenário mais positivo”, completou.