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Cerca de 250 trabalhadores da Sanepar, Copel, estudantes e representantes dos movimentos sociais caminharam pelas ruas do centro de Curitiba nesta terça (16) para dizer não à privatização da Sanepar, da Copel ou de qualquer empresa pública do estado do Paraná.

A motivação do protesto foi a iniciativa do governo Beto Richa em criar a Agência Reguladora de Serviços Delegados no Paraná (Agepar) com o intuito de regular tarifas e serviços da Sanepar, Copel, Compagás e Celepar, preparando estas empresas para uma privatização.
Os manifestantes realizaram o trajeto entre a Praça Santos Andrade e a Assembleia Legislativa do Paraná, onde ocorria uma sessão ordinária no plenário que foi interrompida com a manifestação e então passou-se a um debate sobre a privatização das empresas.

O Presidente da Assembleia Legislativa, Valdir Rossoni, abriu o espaço afirmando que votou favorável à venda da Copel, ao que foi prontamente vaiado. No entanto, Rossoni diz ter se arrependido do voto e afirmou “enquanto eu estiver a frente da presidência desta casa não irá entrar aqui projeto que busque a privatização do patrimônio público paranaense”.


Rossoni, que é do partido do Governador, garantiu que não haverá projeto de privatização circulado por lá. Contestando a validade desta promessa, alguns dos presentes nas galerias da Assembleia gritaram “ele também garantiu que não iria sair da Prefeitura de Curitiba pra concorrer ao estado”.
O Saemac, maior sindicato representante de trabalhadores da base da Sanepar, esteve à frente da organização do protesto. O Presidente do Sindicato, José Gerti Nunes, fala da importância de estar mobilizado “temos diversos exemplos negativos em todo o país de sucateamento dos serviços oferecidos por empresas privatizadas nas áreas de saneamento e energia, o que é ruim para a sociedade e para os trabalhadores, não podemos deixar chegar neste ponto”.

Foi relembrado os dez anos da luta contra a privatização da Copel, que mobilizou a sociedade paranaense em 2001. Na Assembleia, diversos deputados reforçaram esta questão, entre eles a Deputada Luciana Rafagnin que estava no legislativo estadual na época “nós resistimos bravamente na sessão mais longa que esta casa já presenciou, enquanto milhares estavam do lado de fora pressionando e nossos corajosos estudantes ocuparam as galerias que foram invadidas pela Polícia Militar que se utilizou de força e truculência para garantir o projeto de privatização do então Governador Jaime Lerner”.

Veja fotos da manifestação