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Dos 513 deputados federais eleitos no pleito de 3 de outubro, apenas 35 se elegeram às custas dos seus próprios votos, ou seja, tiveram votação nominal maior que o coeficiente eleitoral. Um levantamento realizado pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE) mostra que os outros 478 parlamentares foram eleitos graças aos votos herdados de sua coligação eleitoral.

Dentre os 35, quatro tiveram votação suficiente para eleger, além de si próprios, mais um companheiro de Câmara dos Deputados. Neste caso, eles mais que dobraram o coeficiente de votos. Campeão de votos nas eleições deste ano, o palhaço Tiririca (PR-SP) teve 1.353.820 votos. Com o coeficiente eleitoral em 304.533, ele elegeu mais três deputados com sua votação. Os parlamentares Ana Arraes (PSB-PE), Anthony Garotinho (PR-RJ) e Manuela d’Ávila (PCdoB-RS) foram os outros três que auxiliaram a eleger outros deputados.

Os Estados que elegeram o maior número de deputados que não precisaram da ajuda da coligação foram Bahia, Minas Gerais e Pernambuco. Nos demais Estados, apenas um ou dois deputados se elegeram às custas de seu resultado nas urnas. O partido que mais elegeu deputados sem o apoio dos votos da coligação foi o PT. Foram sete deputados federais eleitos somente com seus próprios votos.