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Analistas projetam inflação de 5,65% para este ano

Analistas projetam inflação de 5,65% para este ano

É a oitava vez consecutiva em que as projeções do IPCA são elevadas, segundo as estimativas que constam do Boletim Focus, do Banco Central.

 

por Luciano Nascimento

 

O mercado financeiro aumentou novamente a previsão de inflação para este ano. Segundo projeção do Boletim Focus, divulgado hoje (2) pelo Banco Central, o Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) deve fechar este ano em 5,65%. É a oitava vez consecutiva que o mercado projeta uma elevação no IPCA. Há uma semana, a projeção do mercado era de que a inflação este ano ficasse em 5,6%. Há quatro semanas, a previsão era de 5,44%.

Divulgado semanalmente, o Boletim Focus reúne a projeção de mais de 100 instituições do mercado para os principais indicadores econômicos do país. Há algumas semanas as estimativas do mercado já estavam apontando para uma inflação este ano acima da meta definida pelo Conselho Monetário Nacional (CMN) de 3,5%, com variação de 1,5 ponto percentual.

Em fevereiro, o Comitê de Política Monetária (Copom) também mostrou em ata que suas projeções para a inflação estavam acima da meta.

“As projeções de inflação do Copom situam-se em torno de 5,4% para 2022 e 3,2% para 2023. Esse cenário supõe trajetória de juros que se eleva para 12% a.a. no primeiro semestre de 2022, termina o ano em 11,75% a.a”, diz a ata do Copom.

Para 2023, o mercado manteve a meta da semana passada em relação à evolução do IPCA. Com isso, a projeção desta semana aponta uma inflação de 3,51%. Há quatro semanas, a projeção era de uma inflação de 3,5% no próximo ano.

Para 2024, o mercado também manteve a projeção da semana passada de 3,1%.

PIB

Na projeção dessa semana, o Focus também elevou a previsão do Produto Interno Bruto (PIB, soma dos bens e serviços produzidos no país) registrada há sete dias. A nova projeção é de PIB de 0,42%, em 2022, ante o 0,3% previsto na semana passada. A elevação ocorre após a divulgação do PIB de 2021, que foi de 4,6%.

Para 2023, o boletim Focus também registrou a mesma expectativa de PIB da semana passada, de 1,5%. Há quatro semanas, a previsão era de que o PIB crescesse 1,53%. Para 2024, ficou estável, em 2%.

Taxa de juros e câmbio

O mercado manteve a previsão para a taxa básica de juros, a Selic, para 2022. Na projeção divulgada nesta segunda-feira, a Selic deve ficar em 12,25%. Há quatro semanas, a projeção era de que os juros ficassem em 11,75%.

Em fevereiro, além de estimar uma inflação acima da meta, o Copom também aumentou a taxa de juros de 9,25% para 10,75% ao ano. Em comunicado, o comitê indicou que continuará a elevar os juros básicos até que a inflação esteja controlada no médio prazo.

Para o fim de 2023, a estimativa do mercado é que a taxa básica fique em 8,5% ao ano, ante os 8% da semana passada. E para 2024, a previsão também aumentou, passando de 7,25% na semana anterior para 7,38% ao ano.

A expectativa do mercado para a cotação do dólar em 2022 ficou em R$ 5,40, uma redução em relação ao projetado na semana passada, quando o mercado previa um câmbio R$ 5,50. Para o próximo ano, a previsão do mercado também diminuiu, passando de R$ 5,31 para R$ 5,30. Para 2024, a estimativa para a cotação da moeda americana ficou em R$ 5,30, mesmo valor projetado na semana passada.

Fonte: Portal da Agência Brasil

Disponível em: https://vermelho.org.br/2022/03/07/analistas-projetam-inflacao-de-565-para-este-ano/

Analistas projetam inflação de 5,65% para este ano

Mulheres voltam a liderar 10,1 milhões (34%) de negócios no Brasil

A participação feminina no mundo dos negócios é agora a mesma de antes da pandemia, quando houve retração para 8,6 milhões.

 

por Cezar Xavier

 

Um estudo do Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae) aponta que o empreendedorismo feminino no Brasil apresentou sinais de recuperação no último trimestre do ano passado, depois de sofrer retração a partir dos primeiros meses da pandemia do novo coronavírus (covid-19).

O estudo, realizado com base nos dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (Pnadc), mostrou que após recuar para um total de 8,6 milhões, no segundo trimestre de 2020, o número de mulheres à frente de um negócio no país fechou o quarto trimestre de 2021 em 10,1 milhões, mesmo resultado registrado no último trimestre de 2019, antes da pandemia.

Levantamento de 2021 revelou que foram 1 milhão a mais de empresas fechadas, comandas por elas, quando analisado o fechamento de negócios por homens. Para superar os desafios, a especialista do Sebrae destaca a importância da formação de redes, formadas principalmente de mulheres, como o Sebrae Delas, programa voltado para atender o público feminino empreendedor. 

Para o presidente do Sebrae, Carlos Melles, as mulheres empreendedoras sofreram mais que os homens as perdas causadas pela crise pandêmica.

“Empresas lideradas por mulheres tiveram um impacto maior em termos de redução de empreendedoras em atividade e uma recuperação mais lenta que a verificada entre os negócios dirigidos por homens. Uma das explicações para esse fato está na nossa cultura, onde elas acabam tendo de dividir seu tempo entre a gestão da empresa e os cuidados com a família. Com as medidas de isolamento social, muitas empresárias tiveram de encerrar suas atividades ou reduzir a operação do negócio para dedicarem mais horas aos filhos e idosos”, comenta

Apesar dessa evolução, a participação das mulheres empreendedoras no universo de donos de negócio no Brasil (34%) ainda está abaixo da melhor marca histórica, registrada no 4º trimestre de 2019, quando elas representavam 34,8% do total.

O estudo do Sebrae indica ainda que a participação feminina entre os donos de negócios empregadores também continua abaixo do período pré-crise. No final de 2019, havia 1,3 milhão de donas de empresas que contratavam empregados, o que representava 13,6% do total das donas de negócio. Já no final do ano passado, esse número havia recuado para 1,1 milhão (11,4% do universo).

Os dados mostram que 50% das proprietárias de negócios de estão no setor de serviços, enquanto 21% estão no setor de construção. Em relação aos homens, 35% dos donos de negócios se concentram no setor de serviços, enquanto 21% estão no setor de construção.

Ainda segundo a pesquisa, aumentou a proporção de mulheres que são chefes de domicílio. Em 2019, elas eram 47% e no último trimestre de 2021 as empreendedoras chefes de domicílio representaram 49% do total.

Por outro lado, diminuiu a participação das mulheres negras à frente dos negócios. Enquanto no último trimestre de 2019, antes da pandemia, elas eram 50,3% das donas de negócio, no último trimestre do ano passado, elas passaram a responder por 48,5%. Já as mulheres brancas passaram de 48,4% das donas de negócio para 49,9%.

O Sebrae mostra que a escolaridade das mulheres que estão empreendendo aumentou e que a diferença do número de mulheres com pelo menos o nível médio aumentou em relação aos homens entre o último trimestre de 2019 e o mesmo período de 2021.

No quarto trimestre do ano passado, 68% das empreendedoras tinham pelo menos o ensino médio. Entre os homens, essa proporção era de 54%. A variação no período foi de 11 pontos percentuais entre as mulheres e 4 pontos entre os homens.

A pesquisa mostrou crescimento da participação feminina nos setores de informação/comunicação e educação/saúde. Entre o quarto trimestre de 2019 e o mesmo período do ano passado, a presença das empreendedoras cresceu 3 pontos percentuais e 4 pontos, respectivamente.

VERMELHO

https://vermelho.org.br/2022/03/07/mulheres-voltam-a-liderar-101-milhoes-34-de-negocios-no-brasil/

Analistas projetam inflação de 5,65% para este ano

Empregado que ganhou viagem para Dubai e foi demitido será indenizado

Prêmio | TRT

O gerente ganhou uma viagem para Dubai como prêmio de produtividade. Acontece que ele foi demitido três meses antes da data da viagem, sem justa causa. Para o TRT-18, a conduta da empresa foi maliciosa.

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A 1ª turma do TRT da 18ª região condenou uma empresa de telefonia por demitir gerente que havia ganhado um prêmio por produtividade: uma viagem para Dubai. O colaborador não chegou a usufruir do prêmio, pois foi dispensado antes. Para o Tribunal trabalhista, a demissão sem justa causa, nesse caso, se enquadrou em condição maliciosa prevista no Código Civil, tornando o ato ilícito.


Programa de vendas

Com o objetivo de estimular a venda de produtos, a empresa telefônica lançou em 2018 uma premiação para os gerentes e diretores. O bônus era um pacote de viagem para Dubai com direito a um acompanhante, que incluía passagens aéreas ida e volta, hospedagem para o período de 5 noites e todas as refeições.

No regulamento do concurso, havia uma cláusula que excluía automaticamente o concorrente que fosse desligado da empresa durante a validade do certame. Um gerente bateu as metas e conquistou o prêmio. A viagem seria realizada em setembro de 2019, mas ele foi dispensado em junho daquele ano, sem justa causa.

Pelo episódio, o trabalhador buscou a Justiça do Trabalho para receber a reparação por danos materiais. O juízo da 11ª vara do Trabalho de Goiânia negou o pedido.

No TRT-18, o trabalhador insistiu no argumento de que a dispensa teria sido maliciosa, já que ocorreu três meses antes da fruição do prêmio.

Danos morais e materiais

O juiz convocado João Rodrigues, relator do caso, observou que a condição do recebimento do prêmio era o vínculo empregatício. Para ele, a demissão injustificada do gerente a poucos meses da concessão do bônus é circunstância maliciosa imposta pela empresa, conforme o art. 129 do Código Civil.

“Resta patente a nulidade da cláusula que previa a inelegibilidade do autor para recebimento do prêmio em decorrência da rescisão imotivada do contrato de trabalho.”

O relator considerou, ainda, que o fato de o gerente saber da referida cláusula de inelegibilidade não retira a ilegalidade do dispositivo. João Rodrigues entendeu estar claro o prejuízo do gerente, pois havia expectativa legítima de recebimento do prêmio.

O magistrado citou precedentes do TRT-1, TRT-3, TRT-9, assim como jurisprudência da 2ª turma do TRT-18 no mesmo sentido. Por fim, o relator deu provimento ao recurso do gerente e arbitrou a indenização em R$ 36 mil.

Processo: 0010493-45.2021.5.18.0011
Informações: TRT-18

Por: Redação do Migalhas

https://www.migalhas.com.br/quentes/360881/empregado-que-ganhou-viagem-para-dubai-e-foi-demitido-sera-indenizado

Analistas projetam inflação de 5,65% para este ano

80% dos técnicos e auxiliares da saúde estão esgotados e doentes

Desgaste profissional relacionado ao estresse psicológico, ansiedade e esgotamento mental foi relato por 80% dos técnicos de enfermagem, agentes de saúde da família, maqueiros, condutores de ambulância, pessoal da limpeza, da cozinha, da manutenção e sepultadores a pesquisadores da Fundação Osvaldo Cruz (Fiocruz).

De acordo com a pesquisa “Os trabalhadores invisíveis da Saúde: condições de trabalho e saúde mental no contexto da Covid-19 no Brasil”, a pandemia do novo coronavírus aprofundou as desigualdades, a exploração e o preconceito que recaem sobre o contingente formado por mais de 2 milhões de trabalhadores e trabalhadoras, de nível técnico e auxiliar, que exercem atividades de apoio na assistência, no cuidado e no enfrentamento à Covid-19.

Os resultados do estudo inédito foram apresentados em uma live na noite de quinta (23/02) às duas maiores confederações representativas dos trabalhadores da saúde pública e privada, a Confederação Nacional dos Trabalhadores em Seguridade Social (CNTSS-CUT) e Confederação Nacional dos Trabalhadores na Saúde (CNTS).

Confira dados da pesquisa

Foram ouvidos 21.480 trabalhadores e trabalhadoras das redes de saúde pública, privada e filantrópica, de 2.395 municípios de todas as regiões do país. Do total:

  • 72,5% dos técnicos e auxiliares da saúde são mulheres;
  • 59% são pretos ou pardos;
  • 32,9% deles têm até 35 anos;
  • 50,3% têm até 50 anos;
  • 70% dos participantes do estudo citaram a falta de apoio institucional;
  • 35,5% admitiram ter sofrido violência ou discriminação durante a pandemia. A maioria das agressões (36,2%) ocorreu no ambiente de trabalho, na vizinhança (32,4%) e no trajeto casa-trabalho-casa (31,5%);
  • 23,9% dos profissionais já apresentam comorbidades como: hipertensão (32%); obesidade (15%); doenças pulmonares (13%); depressão (12%), e diabetes (10%);
  • 85,5% disseram que, na pandemia, a jornada de trabalho chegou a até 60 horas semanais;
  • 53%não se sentem protegidos contra a Covid-19 no trabalho;
  • 23,1% têm medo de se contaminar;
  • 22,4% citaram falta, escassez e inadequação do uso de EPIs;
  • 12,7% falaram sobre a ausência de estruturas necessárias para efetuar o trabalho como um dos principais motivos de desproteção;
  • 25,6% precisam fazer bicos para sobreviver porque ganham entre um e dois salários-mínimos.

De acordo com a socióloga Maria Helena Machado, pesquisadora da Fiocruz e coordenadora da pesquisa, em entrevista à Folha de S. Paulo, esses trabalhadores vivem em situação de penúria, de sofrimento.

Dormem mal, comem mal. Falta salário, infraestrutura, condições mínimas de trabalho. Atuam em ambientes insalubres, muitos não têm acesso a EPIs [Equipamentos de Proteção Individual] recomendados ou, quando têm, são de baixa qualidade ou usados fora dos protocolos. Alguns afirmaram que já tiveram que comprar álcool, máscara, com recursos próprios. Outros nunca tinham usado uma máscara N95.Muitos não têm vínculos com as instituições de saúde que garantam direitos trabalhistas. “São considerados autônomos, mas não têm o lastro social dos médicos, dos enfermeiros, que os permitam trabalhar em um ou dois lugares da área da saúde”, complementou a socióloga.

Benedito Augusto, presidente da CNTSS, disse á reportagem da Folha que a pesquisa chama a atenção para o recorte raça e gênero dos trabalhadores. “Temos a senzala da saúde [com mulheres pretas sendo a maioria desse contingente]. Essa pesquisa mostra a cara e a alma das condições de trabalho da saúde no país.”

Para Valdirlei Castagna, presidente da CNTS, os gestores de saúde, os parlamentares e o setor empresarial precisam proteger os profissionais mais vulneráveis e olhar com mais sensibilidade para as reivindicações históricas da categoria.

Ele afirmou à Folha que a pesquisa apontou práticas, como a hierarquização no uso de EPIs, que são inconcebíveis. “Algumas categorias usam EPIs melhores que as outras. Não dá para ser dessa forma. É um direito de todos independentemente da função.”

 

FonteRádio Peão, com CUT
Data original da publicação: 03/03/2022

DMT: https://www.dmtemdebate.com.br/80-dos-tecnicos-e-auxiliares-da-saude-estao-esgotados-e-doentes/

Analistas projetam inflação de 5,65% para este ano

Habib’s pagará mais de meio milhão a homem após acidente de trabalho

Trabalhista

O homem perdeu parte da mão direita em serviço, em dezembro de 2018.

Em acordo ocorrido na vara do Trabalho de Limoeiro do Norte/CE, a empresa Sacomã Point Comércio de Alimentos, franqueada da rede de lanchonete Habib’s, se comprometeu a indenizar um ajudante de cozinha no valor de R$ 600 mil. O homem perdeu parte da mão direita em serviço, em dezembro de 2018. A ação de reparação foi ajuizada pedindo compensação por danos morais, estéticos e materiais.


O funcionário teve esmagamento da mão direita ao exercer a atividade diária de retirar massa de esfirra de uma máquina. Segundo ele, tal equipamento já estava defeituoso desde outubro de 2018, quando iniciou suas atividades para a empresa. O ajudante alegou que a máquina ligava-se “sozinha”, e terminou puxando sua mão com um movimento de prensa. O trabalhador também disse que a empregadora não prestou qualquer treinamento quanto ao uso ou cuidados necessários para o ofício gastronômico.

Após o acidente, o homem não recebeu ajuda dos outros funcionários da cozinha, que estariam em choque pela quantidade de sangue surgida com o acidente. Ele foi levado para o hospital por um dos clientes do local. Posteriormente, foi submetido a duas cirurgias, o que resultou na amputação de um dedo e metade da palma da mão. A empresa emitiu a Comunicação de Acidente de Trabalho (CAT) no dia 3 de janeiro de 2019, extrapolando o prazo legal exigido.

A conciliação entre as partes foi mediada pela titular da vara do Trabalho de Limoeiro do Norte, juíza Regiane Ferreira Carvalho Silva. O valor da indenização foi parcelado em 15 vezes.

Informações: TRT-7.

Por: Redação do Migalhas

 

https://www.migalhas.com.br/quentes/360891/habib-s-pagara-mais-de-meio-milhao-a-homem-apos-acidente-de-trabalho