por NCSTPR | 18/12/25 | Destaque, Notícias NCST/PR
Em Brasília, nesta segunda-feira (15), o Procurador-Geral do Trabalho, Gláucio Araújo de Oliveira, recebeu dirigentes sindicais e representante da Organização Internacional do Trabalho (OIT) para uma reunião institucional voltada ao diálogo sobre temas do mundo do trabalho.
Participaram do encontro o Dr. Sandro Lunardi, membro do Comitê de Liberdade Sindical da OIT; José Reginaldo Inácio, presidente da Confederação Nacional dos Trabalhadores na Indústria (CNTI) e vice-presidente da Nova Central Sindical de Trabalhadores (NCST); Nelson Bonardi, secretário-geral da CNTI e diretor de Comunicação Social da NCST; e Denílson Pestana da Costa, diretor de Relações Internacionais da NCST.
A reunião reforçou a importância da liberdade sindical, do fortalecimento das relações institucionais e da atuação conjunta entre o Ministério Público do Trabalho, organismos internacionais e entidades representativas dos trabalhadores na defesa de direitos e garantias trabalhistas.

Foto: Ubirajara Machado/MPT
Fonte: NCST
por NCSTPR | 03/12/25 | Destaque, Notícias NCST/PR
Hoje, 03/12/2025, a etapa estadual da II Conferência Nacional do Trabalho (II CNT) em Curitiba foi palco de um debate crucial para a classe trabalhadora, que busca garantir a transição justa com a geração de mais e melhores empregos. O evento, realizado na Superintendência Regional da Polícia Rodoviária Federal no Paraná , incluiu apresentações da OIT e o Diagnóstico do MTE, seguidos pelos Trabalhos nos Grupos Temáticos e a Plenária, conforme a programação do dia.
Representando a Bancada dos Trabalhadores, Denilson Pestana da Costa, Presidente da NCST/PR (Nova Central Sindical de Trabalhadores do Estado do Paraná), realizou uma intervenção contundente, apresentando propostas focadas na gestão do Sistema S.
Denílson destacou que o Sistema S é financiado por recursos compulsórios, correspondendo a 1,5% de toda a folha de pagamento das empresas. No entanto, a gestão desses recursos está concentrada exclusivamente nas mãos dos empregadores.
A bancada dos trabalhadores apresentou duas propostas centrais para corrigir essa disparidade e promover maior justiça social:
1. Paridade na Gestão e Controle Social:
Propõe-se que as Centrais Sindicais tenham paridade nos conselhos deliberativos, consultivos e fiscais.
Essa medida visa garantir transparência, controle social e o alinhamento das ações dessas entidades (incluindo SESI, SESC, SENAI, SENAC, SEBRAE, SENAR, SESCOOP, SENAT, SEST) às necessidades reais da classe trabalhadora.
2. Paridade no Repasse de Recursos:
O representante sindical apontou o grande volume de recursos repassados às federações patronais. Por exemplo, em 2022, a Fecomércio do Paraná recebeu um repasse que chegou a R$ 10 milhões. A Federação das Indústrias (FIEP) também recebeu R$ 26 milhões.
Em contraste, uma análise do balanço da FIEP mostrou que apenas 1,4% dos seus recursos arrecadados (cerca de R$ 390.000,00 de R$ 26 milhões) era proveniente de contribuição sindical e confederativa.}
A exigência é clara: Se R$ 10 milhões forem repassados à Federação do Comércio (Fecomércio) pelo Sistema S, o mesmo valor de R$ 10 milhões deverá ser repassado às federações de trabalhadores ligadas ao comércio. Da mesma forma, se R$ 26 milhões forem repassados à FIEP, R$ 26 milhões também deverão ser repassados às federações de trabalhadores das indústrias do estado do Paraná.
O objetivo é estabelecer o mesmo direito e a mesma condição para que as entidades dos trabalhadores possam atuar no enfrentamento e na prestação de serviços para a classe trabalhadora no estado.
A Conferência Estadual do Paraná é crucial, pois define as propostas que serão encaminhadas à etapa nacional da II CNT, que tem como foco a formulação de políticas públicas para a promoção do emprego e trabalho decente.
por NCSTPR | 25/11/25 | Destaque, Notícias NCST/PR
O dia 25 de novembro foi oficializado pela ONU em 1999 como símbolo mundial de resistência e enfrentamento à violência contra a mulher. A data homenageia as irmãs Mirabal, ativistas dominicanas brutalmente assassinadas em 1960 por lutarem pela liberdade e pelos direitos das mulheres. Desde então, o dia tornou-se um marco internacional de luta, reflexão e mobilização.
No Brasil, a realidade ainda é alarmante e exige ação urgente. Segundo o Fórum Brasileiro de Segurança Pública, apenas em 2023:
- 🔴 Uma mulher foi vítima de feminicídio a cada 6 horas.
- 🔴 Mais de 245 mil mulheres registraram agressões físicas.
- 🔴 A cada 2 minutos, uma mulher sofreu violência doméstica.
- 🔴 A maioria das vítimas são mulheres negras, jovens e trabalhadoras.
Esses números mostram que a violência contra a mulher não é exceção — é uma epidemia social, estrutural e contínua.
A Nova Central Sindical de Trabalhadores do Paraná reforça seu compromisso em defender a vida, a dignidade e os direitos das mulheres trabalhadoras. A violência pode ocorrer em casa, nas ruas ou no ambiente de trabalho, e todas as suas formas — física, psicológica, sexual, moral e patrimonial — precisam ser denunciadas e combatidas.
Não podemos normalizar.
Não podemos ignorar.
Não podemos nos calar.
Como entidade sindical, denunciamos todas as formas de violência e reafirmamos que proteger as mulheres é um dever de toda a sociedade.
📞 Se você sofre violência, ou conhece alguém que sofre, denuncie: Disque 180.
A denúncia é anônima, gratuita e salva vidas.
A NCST/PR segue firme na luta por um Paraná e um Brasil onde mulheres vivam com respeito, segurança e igualdade.

por NCSTPR | 17/11/25 | Destaque, Notícias NCST/PR
Belém, Pará, 17 de Novembro de 2025 – A Nova Central Sindical de Trabalhadores (NCST) encerrou sua intensa jornada de atividades em Belém, no Pará, durante a COP 30, que ocorreu entre os dias 11 e 17 de novembro de 2025. A missão foi cumprida com foco na mobilização dos trabalhadores e na inserção da pauta de Transição Justa e combate às mudanças climáticas no centro do debate sindical.
A jornada, que incluiu uma semana de atividades e intensa mobilização, foi coordenada para participar do máximo possível de eventos relativos ao mundo do trabalho e ao movimento sindical.
Transição Justa e Reforma Agrária em Destaque
As atividades começaram com trabalhos sobre a proteção florestal e o direito dos trabalhadores, ligadas à FAP. No dia 12 de novembro, a Central participou de dois painéis cruciais. O primeiro, abordou a “Transição Justa e Desenvolvimento Sustentável para a Classe Trabalhadora”, com foco nos setores de transporte, agricultura familiar, incluindo demandas como a reforma agrária, a adoção da agroecologia e a redução da jornada de trabalho.
O debate centralizou-se em levar a Transição Justa para a negociação coletiva, no painel “Negociação Coletiva com Transição Justa, Caminho para o Trabalho Sustentável”. Neste debate, houve a presença do Ministro do Trabalho, que cobrou das centrais sindicais a mobilização e a ação popular para avançar em pautas como a redução da jornada de trabalho, o fim da jornada 6×1, e outras questões travadas no Congresso Nacional.
Representação Institucional e a Pauta Amazônica
Na quinta-feira, 13 de novembro, uma das atividades de destaque agendadas pela Nova Central foi realizada no TRT da 8ª Região. Nesta ocasião, o companheiro Denilson teve a satisfação de representar as centrais sindicais, apresentando a visão dos trabalhadores em relação à mudança climática na região amazônica.
O debate abordou temas importantes como a criação do Fórum Pan-Amazônico e a Rede Sindical da Amazônia da ICM. Foi ressaltada a importância do combate à falta de trabalho decente na Amazônia através do fortalecimento do Ministério do Trabalho, do sindicato e da maior presença do Estado.
Combate ao Calor Extremo e Soluções de Adaptação
A Central também marcou presença na Zona Verde da COP 30, na sexta-feira (14/11), em um importante mutirão para tratar da questão do calor extremo. Denílson Pestana, falando em nome das centrais sindicais, posicionou a central e apresentou dados da Organização Internacional do Trabalho (OIT) que demonstram os prejuízos dos estresses climáticos para os trabalhadores, especialmente aqueles expostos ao ar livre.
A NCST ressaltou que as pautas de reivindicações já incluem itens para a adaptação climática, que já é um fato. Entre as soluções discutidas estão a utilização de pausas ao longo da jornada para readaptação, e a mudança do horário de trabalho para evitar períodos de calor atípico.
Essa preocupação com o impacto do calor foi reforçada no sábado (15/11), durante o diálogo intergeracional “Vozes do Amanhã”, onde foi revelado que o calor extremo já afeta 2,41 bilhões de pessoas, ou seja, 70% da força de trabalho mundial. A NCST, por meio do papel da ICM, reforçou seu compromisso em treinar e capacitar jovens para serem negociadores de alto nível.
Força da Mobilização Popular e Unidade Sindical
O ponto alto da participação popular foi a Grande Marcha de Ação Global do Clima, realizada na manhã de sábado (15/11). A NCST participou da passeata que reuniu mais de 50.000 pessoas pelas ruas de Belém, demonstrando a força da unidade entre movimentos populares, sindicais e povos originários.
A unidade sindical também foi reforçada no Fórum de Unidade Sindical da Amazônia Legal, realizado na sexta-feira (14/11). No sábado, os representantes da Central participaram da aprovação das pautas, as quais foram construídas, debatidas e discutidas por todas as centrais sindicais da região amazônica durante o período de 11 a 15 de novembro.
Entrega da Carta dos Povos e Legado da COP
A jornada culminou no domingo (16/11) com a participação na Cúpula dos Povos, na Universidade Federal do Pará (UFPA). A equipe da Nova Central esteve presente para a entrega da Carta dos Povos ao Presidente da COP 30.
Este evento, que reuniu mais de 100 entidades e milhares de dirigentes e militantes na área ambiental, coroou a atividade, com a pauta sendo oficialmente recebida e programada para ser lida no encontro das autoridades e ministros. Os participantes destacaram que esta será a maior COP em termos de participação popular, com uma estimativa de 60.000 pessoas passando pelo evento, um legado que poderá permanecer para as próximas edições.
A missão foi intensa, com dias de grande esforço físico (incluindo uma caminhada de 8km na marcha e mais de 9km em outros dias). Os representantes, Denilson Pestana da Costa e Roberto Leal Americano, manifestaram a sensação de dever cumprido e agradeceram a confiança do presidente da Nova Central por ter concedido esta importante missão.
A próxima COP será na Austrália, e a NCST já se prepara para continuar a luta pelos trabalhadores.
por NCSTPR | 17/11/25 | Destaque, Notícias NCST/PR
A Nova Central Sindical de Trabalhadores (NCST) participou ativamente da Cúpula dos Povos rumo à COP30, realizada entre 12 e 16 de novembro de 2025, em Belém do Pará. A entidade foi representada por Denilson Pestana da Costa, que integrou os debates e atividades voltadas à construção de propostas populares para enfrentar a crise climática e fortalecer a justiça socioambiental.
O encontro reuniu cerca de 70 mil participantes, entre movimentos sociais, sindicatos, povos originários e tradicionais, organizações internacionais, juventudes, mulheres, comunidades quilombolas e diversos segmentos comprometidos com a defesa da vida, dos territórios e dos direitos fundamentais.
Participação da NCST e centralidade do trabalho na agenda climática
Durante os debates, Denilson Pestana reforçou o papel estratégico das organizações sindicais diante dos impactos da crise climática, especialmente sobre as populações trabalhadoras:
“A transição energética e as políticas climáticas precisam garantir proteção social, diálogo social, empregos dignos e condições de trabalho seguras. Sem uma transição justa, não haverá justiça climática.”
A NCST também acompanhou e dialogou sobre pautas presentes na Declaração final da Cúpula dos Povos, entre elas:
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defesa dos direitos das trabalhadoras e trabalhadores;
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crítica às falsas soluções de mercado para a crise climática;
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fortalecimento das políticas públicas de adaptação e mitigação;
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combate ao racismo ambiental;
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proteção de territórios tradicionais e promoção de agroecologia;
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valorização dos cuidados, da autonomia das mulheres e das economias populares;
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oposição à privatização dos bens comuns e dos serviços essenciais.
Compromisso da NCST
A presença da NCST reafirma o compromisso da entidade com um projeto de desenvolvimento que coloque no centro a dignidade humana, os direitos trabalhistas, a defesa ambiental e a soberania dos povos.
A NCST seguirá contribuindo para que a COP30, que ocorrerá em Belém, incorpore uma verdadeira agenda de transição justa, focada na garantia de direitos e na participação ativa das trabalhadoras e trabalhadores.
por NCSTPR | 13/11/25 | Destaque, Notícias NCST/PR
As Centrais Sindicais brasileiras — Nova Central, CSB, UGT, CUT, Força Sindical e CTB — promoveram, nesta quarta-feira (12/11), o painel “O Mundo do Trabalho e a Transição Justa: o papel dos sindicatos e da negociação coletiva”, durante a programação oficial da COP 30 Brasil – Amazônia, realizada em Belém (PA). O debate ocorreu das 14h30 às 16h e reuniu lideranças sindicais, representantes do governo federal e organizações parceiras.
A Nova Central Sindical de Trabalhadores (NCST) foi representada por Denilson Pestana, diretor de Relações Internacionais, e Roberto Leal, presidente do Sintrivel (Sindicato dos Trabalhadores nas Indústrias da Construção Civil de Cascavel e Região).
O evento teve como eixo principal a Transição Justa, conceito que propõe um modelo de desenvolvimento capaz de enfrentar a crise climática sem aprofundar as desigualdades sociais. O painel destacou que discutir o futuro do trabalho, no contexto das mudanças climáticas, é também discutir o futuro da democracia e da justiça social.
Trabalho decente e proteção social
Os participantes reforçaram que a transição ecológica deve garantir empregos de qualidade, com direitos, segurança, qualificação e remuneração justa. Representantes sindicais alertaram para o aumento de denúncias de condições insalubres de trabalho provocadas pelo calor extremo, especialmente em setores como a agricultura, a construção civil e os serviços a céu aberto.
Foi defendida ainda a necessidade de que países desenvolvidos assumam maior responsabilidade na mitigação dos efeitos da crise climática, criando fundos de financiamento para apoiar as nações em desenvolvimento.
Sindicatos como protagonistas
O movimento sindical foi reconhecido como ator insubstituível na construção de uma Transição Justa. Segundo os debatedores, não há justiça social sem diálogo e negociação coletiva, instrumentos fundamentais para garantir que as transformações econômicas e tecnológicas não aprofundem desigualdades.
A negociação coletiva foi apontada como a principal ferramenta para transformar os princípios da transição em ações concretas — desde programas de requalificação profissional até a criação de comitês paritários que monitorem impactos nas categorias trabalhistas.
Centralidade das mulheres
O debate também destacou o papel das mulheres como protagonistas da Transição Justa. Elas estão na linha de frente da economia do cuidado e são as mais afetadas pelas crises climáticas e econômicas, mas seguem sub-representadas nos espaços de decisão.
A Lei de Igualdade Salarial (Lei 14.611/2023) foi lembrada como um avanço, cuja efetivação depende diretamente da negociação coletiva.
Compromisso e próximos passos
O ministro do Trabalho, Luiz Marinho, e o enviado especial da COP 30 para os sindicatos, Clemente Ganz Lúcio, participaram do painel e reafirmaram o compromisso do governo com a pauta da Transição Justa. A coordenadora técnica do DIEESE, Adriana Marcolino, e Vinícius Carvalho Pinheiro, diretor do Escritório da Organização Internacional do Trabalho (OIT) para o Brasil, também participaram das discussões, reforçando a importância de alinhar as políticas trabalhistas aos compromissos climáticos globais.
Durante o evento, foi protocolada a pauta da classe trabalhadora das centrais sindicais, documento que reúne propostas e reivindicações voltadas à promoção de empregos sustentáveis, valorização do trabalho decente e fortalecimento da negociação coletiva como instrumento de justiça social.
As centrais sindicais se comprometeram a elaborar, nos próximos 12 meses, uma agenda conjunta de implementação da Transição Justa, com foco em empregos verdes, inclusão social e diálogo permanente entre governo, empregadores e trabalhadores.
“A Transição Justa é um desafio global, mas também uma oportunidade histórica para o Brasil construir um modelo de desenvolvimento sustentável com inclusão e respeito aos direitos dos trabalhadores”, destacou Denilson Pestana, diretor da Nova Central.