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O ano de 2011 foi muito bom para a economia paranaense, com os principais índices ficando positivamente acima da média nacional. Foi esse o cenário mostrado ontem pelo Instituto Paranaense de Desenvolvimento Econômico e Social (Ipardes), durante lançamento do balanço dos resultados do Paraná. Começando pelo Produto Interno Bruto (PIB), de 4,1%, acima do índice nacional de 3,0%. 

Agricultura e indústria, principalmente a automotiva, puxaram os índices para cima. A variação da produção industrial de janeiro a outubro de 2011 dão conta de uma grande diferença entre a média nacional (0,7%) e do Paraná (5,2%). Quando comparada com os resultados da produção industrial de Santa Catarina, o abismo fica mais evidente, pois o estado vizinho ficou com resultado negativo, -4,4%. Segundo Julio Suzuki, diretor de Pesquisa do Ipardes, provavelmente a economia catarinense foi afetada por conta das complicações climáticas de 2011. O Rio Grande do Sul ficou com taxa de 2,4%. 
Na indústria, as melhores variações ficaram para o setor de Veículos e Automotores, seguido de Aparelhos e Materias Elétricos e Refino de Petróleo e Álcool. Os únicos resultados negativos foram vistos nos setores de Edição e Impressão, Máquinas e Equipamentos e Mobiliário (veja infográfico). Julio Suzuki explica que a ampliação da montadora Renault e os bons resultados da Refinaria Presidente Getúlio Vargas (Repar) influenciaram bastante neste balanço. As vendas industriais do Paraná, assim como os índices de pessoal ocupado e folha de pagamento real também ficaram bem acima da média nacional (veja infográfico). 
As exportações deram um salto de quase US$ 2 bilhões este ano em relação a 2011, apresentando o melhor resultado desde 2006. Segundo o Ipardes, de janeiro até o mês passado, o Paraná exportou US$ 16 bilhões. No mesmo período do ano passado, foram US$ 14,2 bilhões. Em relação ao ano de 2009, bastante afetado pela crise internacional, as exportações aumentaram US$ 4,8 bilhões. A maior parte das exportações de 2011 foram óleo de soja bruto, açúcar bruto, soja em grão, farelo de soja, café solúvel e carne de frango in natura. 
As vendas do comércio varejista também ficaram acima da média nacional e dos resultados dos outros estados do Sul. Enquanto o Paraná registrou variação de 8,9%, a média nacional ficou em 7,3%, Santa Catarina, 8,6% e Rio Grande do Sul, 6,9%. 
Este ano foram criados 157.526 empregos formais no Paraná, 16.827 a menos do que em 2010, segundo o diretor de Estatística do Ipardes, Daniel Nojima. Como foi acontecendo em outros balanços anuais, o interior do Estado tem contratado mais que a Região Metropolitana de Curitiba (RMC). Enquanto as cidades em torno da capital contabilizaram mais 61.319 postos de trabalho formais, os municípios do interior contrataram 96.207 empregados. A taxa de desocupação da Região Metropolitana de Curitiba (RMC), entre janeiro a outubro de 2011 ficou em 3,8% – no ano passado, o índice foi de 4,6%.