NOVA CENTRAL SINDICAL
DE TRABALHADORES
DO ESTADO DO PARANÁ

UNICIDADE
DESENVOLVIMENTO
JUSTIÇA SOCIAL

SÃO PAULO – Está difícil achar uma empregada doméstica? A reforma da casa inflacionou porque falta pedreiro no mercado?
Milhares de empresas brasileiras compartilham o dilema de ter vagas para oferecer, de secretária que fale inglês a analista de sistemas, e não encontrar candidatos preparados.

O Brasil precisa rever sua política restritiva e burocrática de conceder vistos de trabalho a estrangeiros. O desemprego juvenil nos EUA é de 17,7%, chega a 30% em Portugal e a 45% na Espanha. Muitos pós-graduados europeus adorariam trabalhar aqui e têm as habilidades que a educação brasileira levará algumas gerações para produzir.

Um empresário que decidir contratar um engenheiro português ultraqualificado poderá esperar oito meses por um visto -quem pode aguardar todo esse tempo?

Esquecemos os benefícios da imigração. Quando atraíamos milhões de trabalhadores da Europa, do Oriente Médio e do Japão, não tardou para que os mais ousados prosperassem e gerassem empregos por aqui. As deficiências de quem não consegue um bom emprego só serão sanadas com treinamento e educação -não será um cientista francês que vai prejudicar o seu vizinho.

Com nossa taxa de natalidade de 1,8 filho por mulher, digna de país rico, o debate precisa se impor já.

Até a populosa China tem política de importar expertise. Hotéis de Pequim recrutam gerentes e maîtres experientes na Europa. O mesmo acontece na publicidade e na arquitetura.

Há 20 anos, EUA e Europa ocidental não desperdiçaram o colapso do bloco comunista. Cientistas e esportistas da Europa oriental foram rapidamente assediados. Empresas e universidades brasileiras não deveriam desperdiçar a nova oportunidade de importar talento.
Nos EUA, o Vale do Silício implora por mais estímulo à imigração, enquanto o Arizona constrói muros contra imigrantes. Queremos nos parecer com qual dos dois?