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Paraná criou 123.916 vagas formais de trabalho em 2011, uma redução de 19% em relação ao ano anterior
 
O Paraná criou 123.916 empregos formais em 2011, número que representa uma queda de 19% em relação ao ano anterior, quando foram criadas 153.805 vagas. No entanto, o Estado terminou 2011 com 5,20% trabalhadores a mais do que tinha no fim de 2010. O economista do Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese), Sandro Silva, disse que a desaceleração na geração de empregos foi muito forte porque o governo exagerou no aumento dos juros. Em julho de 2011, a Selic – taxa básica de juros da economia – chegou ao pico de 12,5% ao ano, o que só foi revertido a partir de agosto. Isso influenciou diretamente no crescimento da economia e, portanto, na geração de empregos. 
No Brasil, foram gerados 1,944 milhão de empregos no ano passado, desempenho pior apenas que o de 2010, quando foram criadas 2,543 milhões de vagas no País. Os dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged) foram divulgados ontem pelo Ministério do Trabalho e Emprego (MTE). 
No Paraná, os setores que mais contribuíram para o crescimento do nível de emprego foram Serviços, com a geração de 51.557 postos no Estado. Em seguida, aparecem comércio (33.269), indústria de transformação (23.810) e construção civil (10.656). O Estado ficou na quarta posição nacional em geração de empregos e só perdeu para São Paulo (551.771 vagas), Minas Gerais (206.402) e Rio de Janeiro (202.495). 
O presidente da Fecomércio-PR, Darci Piana, avaliou como positivo o resultado de mais de 33 mil vagas criadas no setor de comércio. ”O agronegócio do Paraná e a economia forte permitiram os gastos no comércio do Estado”, disse. Para 2012, ele prevê cerca de 20 mil novos empregos no setor. 
O presidente da Associação Brasileira da Indústria de Hotéis, regional Paraná, Henrique Lenz Cesar Filho, disse que a abertura de 14.231 vagas no setor de hotéis e restaurantes está relacionada com a inauguração de hotéis em Foz do Iguaçu. Ele comentou ainda que Londrina também teve bom crescimento nesta área e que, em Curitiba, há falta de mão de obra qualificada. ”Temos dificuldade de conseguir camareiras na Capital”, contou. Além disso, destacou o crescimento de empregos em hotéis do Litoral, e nas cidades com águas termais no Paraná, que tiveram empreendimentos com ampliações. 
Indústria 

O economista do Dieese lembrou que desta vez a indústria não teve um destaque tão grande na geração de empregos (23.810 em 2011) porque a elevação do câmbio trouxe impactos, levou a aumento das importações e diminuição das exportações. A previsão dele é que o Brasil tenha crescimento superior tanto na economia como na geração de empregos em 2012 na comparação com 2011. 

Na Capital 
Em Curitiba, houve a criação de 50.714 empregos formais em 2011, com crescimento de 5,14%. Os setores que mais abriram postos de trabalho foram serviços (16.265 vagas), construção civil (6.485) e comércio (6.126).
 
 
 
Gina Mardones
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