NOVA CENTRAL SINDICAL
DE TRABALHADORES
DO ESTADO DO PARANÁ

UNICIDADE
DESENVOLVIMENTO
JUSTIÇA SOCIAL

Foz do Iguaçu (PR), 04 de outubro de 2025

Com forte presença sindical e debates de alto nível, o 6º Congresso Estadual da Nova Central Sindical de Trabalhadores do Paraná (NCST/PR) reuniu, nos dias 3 e 4 de outubro, no Grand Carimã Resort & Convention Center, em Foz do Iguaçu, cerca de 100 congressistas representando mais de 70 sindicatos filiados. O encontro marcou a eleição da nova diretoria da Central, debates estratégicos para o futuro do sindicalismo e a aprovação da “Carta de Foz do Iguaçu 2025”, que define prioridades para os próximos anos.

A eleição da diretoria reconduziu ao cargo o sindicalista Denílson Pestana da Costa, presidente do Sindicato dos Trabalhadores nas Indústrias da Construção do Mobiliário de Londrina, diretor da Fetraconspar e responsável pelos assuntos internacionais da Nova Central Nacional. Pestana foi reeleito com apoio unânime dos 50 delegados aptos a votar e destacou a importância da unidade do movimento sindical:

“As vitórias virão com o empenho de todos”, afirmou.

A mesa apuradora foi presidida por Wilson Pereira, diretor financeiro da Nova Central Nacional e presidente da Contratuh, representando o presidente nacional da Central, Moacyr Auersvald.

Debates sobre conjuntura e desafios

A programação do Congresso contou com palestras que abordaram os principais temas do cenário político, econômico e sindical do país.

O analista político André Luís dos Santos, do Departamento Intersindical de Assessoria Parlamentar (DIAP), apresentou a palestra “A pauta dos trabalhadores no Congresso Nacional e as eleições 2026”, destacando a importância de eleger parlamentares comprometidos com as pautas trabalhistas:

“Não podemos ter um Presidente com olhar voltado para as questões sociais e para os trabalhadores, se tivermos um Congresso de direita que não está alinhado com ações mais progressistas”, alertou.

Outro destaque foi a apresentação do advogado Sandro Lunardi Nicoladeli, doutor em Direito pela UFPR e especialista em Direito Sindical, que abordou os desafios do financiamento sindical e explicou o impacto do Tema 935 do STF, que trata do direito de oposição às contribuições decorrentes de negociações coletivas:

“A oposição deve ocorrer em assembleia, com prazo razoável após a formalização da convenção coletiva”, explicou Nicoladeli.

Carta de Foz do Iguaçu 2025: agenda estratégica


O Congresso aprovou a Carta de Foz do Iguaçu 2025, que reafirma o compromisso da NCST/PR com a unicidade sindical, a representação por categoria e a negociação coletiva como pilares do sindicalismo brasileiro.

Entre os principais eixos estratégicos, destacam-se:

  • Regulamentação do trabalho em plataformas digitais, garantindo direitos previdenciários, jornada justa e proteção social.
  • Combate à pejotização e à precarização das relações de trabalho.
  • Defesa da redução da jornada de trabalho sem redução salarial e da recomposição dos pisos regionais.
  • Fortalecimento da representação sindical, com novas secretarias para categorias emergentes, como motofretistas e trabalhadores de aplicativos.
  • Promoção da igualdade de gênero, raça e juventude nas estruturas sindicais.
  • Apoio à transição ecológica com geração de empregos verdes e participação ativa em fóruns internacionais, como a COP30.
  • Mobilização permanente da base sindical e incentivo a candidaturas de representantes dos trabalhadores nas eleições de 2026 e 2028.
  • Defesa do transporte público gratuito e de melhores condições para os servidores públicos estaduais e municipais.

A Carta também destacou a necessidade de campanhas para valorizar a atuação sindical e demonstrar o impacto econômico dos reajustes conquistados nas negociações coletivas.

Avaliação e perspectivas

Para Denílson Pestana, a reeleição da diretoria representa a continuidade de um trabalho coletivo:

“Nosso compromisso é fortalecer o sindicalismo, enfrentar a precarização do trabalho e garantir que as transformações tecnológicas e ambientais resultem em avanços para a classe trabalhadora”.

O evento reafirmou o papel histórico da NCST/PR desde sua fundação, em 2005, e reforçou a importância de articular as lutas trabalhistas em nível estadual, nacional e internacional, unindo forças por mais direitos, desenvolvimento econômico e justiça social.

Por um Paraná com trabalho decente, direitos garantidos e justiça social plena!