por NCSTPR | 12/09/25 | Notícias NCST/PR, Ultimas Notícias
Na manhã desta sexta-feira, 12 de setembro, o presidente da Nova Central Sindical de Trabalhadores do Paraná (NCST/PR), Denílson Pestana da Costa, marcou presença na audiência pública do Fórum Estadual de Liberdade Sindical – Paraná, realizado no Auditório do SINECOFI, em Foz do Iguaçu.

O encontro reuniu lideranças sindicais de diversas categorias para debater o tema “Desafios e Estratégias do Movimento Sindical no Contexto Atual”, em uma audiência coletiva que buscou fortalecer o diálogo e a unidade entre as entidades de trabalhadores.
Durante o evento, foram discutidas pautas relacionadas às dificuldades enfrentadas pelo movimento sindical diante das transformações no mundo do trabalho, da necessidade de ampliar a representatividade e da construção de estratégias conjuntas para garantir direitos e avançar em novas conquistas.
A participação da NCST/PR reforça o compromisso da entidade com a defesa da liberdade sindical e a valorização das organizações de trabalhadores. Para o presidente Denílson Pestana, momentos como este são fundamentais para reafirmar a importância da mobilização sindical:
“Precisamos unir forças para enfrentar os desafios que se impõem ao movimento sindical e construir caminhos que assegurem a proteção social, o fortalecimento das entidades e a voz ativa dos trabalhadores no cenário nacional e internacional”, destacou Pestana.

O Fórum Estadual de Liberdade Sindical é uma iniciativa que conta com o apoio do Ministério Público do Trabalho (MPT) e de centrais sindicais como a CSB, CTB, CUT, Força Sindical, NCST, Pública Central do Servidor, UGT e Intersindical, consolidando-se como um espaço plural e democrático de diálogo em defesa dos direitos coletivos.
por NCSTPR | 12/09/25 | Destaque
As
Entidades Filiadas à
NOVA CENTRAL SINDICAL DE TRABALHADORES
PARANÁ
Prezados (as) companheiros (as),
Convocamos os membros do Conselho Deliberativo, composto pelos Membros da Diretoria Executiva, pelos Secretários titulares das Secretarias de cada Plano Confederativo e pelos titulares de cada Departamento por segmento profissional e os delegados Representantes das Entidades Sindicais Filiadas, quites com suas obrigações financeiras e sociais, para participarem do 6ª CONGRESSO ESTADUAL DA NOVA CENTRAL SINDICAL DE TRABALHADORES DO PARANÁ – NCST/PR, a realizar-se nos dias 03 e 04 de outubro de 2025, nas dependências do Grand Carimã – Resort & Convention Center, situado a Av. das Cataratas, 4790 – Vila Carimã, na cidade de Foz do Iguaçu – Paraná, conforme programação abaixo.

A ficha de inscrição, deverá ser preenchida e encaminhada impreterivelmente até o dia 25/09/2025, para o e-mail: ncstpr@ncstpr.org.br ou por whatsapp: (41) 99167-0114.
As despesas de UM DIRIGENTE POR ENTIDADE FILIADA com alimentação, almoço e jantar do dia 03/10, café da manhã e almoço do dia 04/10, bem como hospedagem do dia 03/10 para o dia 04/10, serão custeadas pela NCST/PR, sendo, as demais despesas por conta de cada participante.
Sem mais para o momento, apresentamos nossas cordiais saudações.
DENÍLSON PESTANA DA COSTA
Presidente da NCST/PR
por NCSTPR | 12/09/25 | Ultimas Notícias
O processo contra o ex-presidente Jair Bolsonaro e seus aliados tem um caráter simbólico e histórico: rompe um pacto de silêncio que, desde a Lei de Anistia de 1979, blindava os crimes cometidos por militares, inclusive durante a ditadura.
Essa responsabilização é fundamental para a cura da nossa democracia e para reafirmar seus valores, especialmente depois dos ataques de 8 de janeiro. Não se trata apenas de fazer justiça, mas de consolidar um aprendizado coletivo: sem democracia, não há desenvolvimento sustentável, empregos, nem futuro para os trabalhadores.
A importância desse julgamento também repercute internacionalmente. A The Economist classificou o processo como inédito e afirmou que o Brasil está oferecendo uma verdadeira lição de democracia aos Estados Unidos. A revista ainda definiu a tentativa de golpe de 8 de janeiro de 2023 como “esquisita e bárbara”, ressaltando como a resistência institucional e a busca por justiça se tornaram exemplo para o mundo.
A instabilidade política gerada por tentativas de golpe e por discursos autoritários não é abstrata. Ela impacta diretamente o sistema financeiro e a economia real. Basta lembrar como, em momentos de crise institucional, a volatilidade do câmbio e da bolsa afeta os investimentos, encarece o crédito e aumenta a insegurança para empresas e famílias. Quem paga o preço mais alto dessa instabilidade são sempre os trabalhadores, com risco de desemprego, perda de renda e precarização das condições de trabalho.
O setor bancário é um exemplo disso. Nossa atividade depende da confiança no país, na estabilidade jurídica e no funcionamento regular das instituições. Quando a democracia é colocada em xeque, todo o sistema financeiro sofre abalos. E, com ele, os empregos bancários, a concessão de crédito e a capacidade do país de financiar o desenvolvimento.
Por isso, defendemos que a estabilidade democrática não é apenas uma bandeira política: é uma condição essencial para a economia, para o setor financeiro e para a vida da classe trabalhadora. O julgamento em curso representa uma vitória da sociedade brasileira contra a impunidade e pela construção de um futuro mais justo, estável e democrático.
É hora de reafirmarmos que não há atalhos autoritários que sirvam ao povo. A democracia, mesmo com todas as suas imperfeições, é o único caminho possível para garantir direitos, fortalecer empregos e construir o desenvolvimento do Brasil.
Neiva Ribeiro é presidenta do Sindicato dos Bancários e Financiários de São Paulo, Osasco e Região
DM TEM DEBATE
https://www.dmtemdebate.com.br/estabilidade-democratica-e-condicao-para-o-trabalho-a-economia-e-o-futuro-do-pais/
por NCSTPR | 12/09/25 | Ultimas Notícias
Clemente Ganz Lúcio
A relação entre produtividade, empregos e salários, no contexto de quatro complexas e profundas transições, é um desafio estratégico para o Brasil e para a classe trabalhadora, tema que abordei no 8º Encontro Sudeste de Economia, a convite do Conselho Regional de Economia de São Paulo.
Vivemos uma mudança de época que decorre de grandes transições simultâneas: tecnológica/digital, climática/ambiental, demográfica e geopolítica/produtiva, esta última influenciada por disputas comerciais como as tarifas impostas pelos Estados Unidos. Essas transições são mais do que mudanças técnicas ou setoriais, são transformações civilizatórias que impactam a forma como produzimos, consumimos e nos organizamos socialmente.
A questão central para a classe trabalhadora é: quem vai se beneficiar dessas transições? Serão elas um caminho para o incremento da produtividade virtuosa, para mais empregos, melhores salários e inclusão social, ou aprofundarão desigualdades e precarização?
Produtividade em uma equação desequilibrada
A história recente mostra que produtividade e crescimento econômico não se traduzem automaticamente em melhores salários e empregos de qualidade. Trata-se de uma questão que está no centro da ação sindical e das negociações coletivas.
Já no final da década de 1970, quando o movimento sindical retomava sua atuação para enfrentar a carestia, recuperar salários e acabar com a ditadura, o tema da produtividade estava no centro do debate. Em dezembro de 1979 o DIEESE organizou o Seminário Campanhas Salariais e Produtividade[2], coordenador por Walter Barelli, então diretor técnico do Departamento. O Seminário contou com participantes[3] que estiveram ou estão na vida pública e política do país. O Seminário debateu como são definidos os salários; o que é e do que depende a produtividade; as controvérsias da produtividade; quais os dados que o movimento sindical necessita para as negociações salariais; e finalizou com um amplo painel setorial sobre os desafios sindicais.
Desde então, estudos de diferentes instituições como Banco Mundial, IPEA, IBRE-FGV e DIEESE, entre outros, indicam que o Brasil convive com a estagnação da produtividade do trabalho desde os anos 1980, enquanto países asiáticos, europeus e o Estados Unidos avançaram. Ao mesmo tempo, mesmo nos períodos em que a produtividade cresceu, os ganhos ficaram concentrados no capital e não chegaram aos trabalhadores.
Daron Acemoglu e Simon Johnson, no livro “Poder e Progresso”, lembram que a tecnologia, por si só, não garante prosperidade compartilhada. É a forma como a sociedade organiza as instituições — sindicatos, políticas públicas, dialogo social e negociação coletiva — que define se os ganhos de produtividade serão distribuídos ou apropriados por poucos.
Transição tecnológica e digital
A revolução digital, a automação, a inteligência artificial e a robótica estão transformando profundamente os setores produtivos e as relações sociais no mundo. Estudos da OIT estimam que na América Latina entre 10% e 20% das ocupações atuais podem ser automatizadas. Mas, ao mesmo tempo, novas ocupações estão surgindo em setores de tecnologia da informação, logística e serviços digitais, entre outros.
O problema é a estrutural dualidade do mercado de trabalho: de um lado, uma parcela dos trabalhadores acessa empregos altamente qualificados, com salários elevados e, de outro lado, a maioria, encontra postos precários, em plataformas digitais, sem direitos, com baixa remuneração e vulnerabilidade.
A questão que se coloca é: vamos aceitar essa polarização ou vamos construir governança geral e políticas que garantam a qualificação profissional continuada, a regulação das novas formas de trabalho plataformizadas e negociação coletiva sobre tecnologia com distribuição justa dos ganhos de produtividade?
A experiência internacional mostra que países que investem em educação profissional contínua, valorizam a negociação coletiva e atualizam os sistemas de proteção social conseguem enfrentar os desafios e os impactos da automação.
Transição ambiental e climática
O planeta vive uma corrida contra o tempo para reduzir emissões de gazes de efeito estufa, descarbonizar a economia e evitar o colapso climático. Isso cria desafios, mas também grandes oportunidades para países como o Brasil.
Segundo a Agência Internacional de Energia Renovável (IRENA), a transição energética pode gerar mais de 40 milhões de novos empregos no mundo até 2050, muitos deles em energias renováveis, eficiência energética, transporte limpo e agricultura sustentável. Por outro lado, a OIT estima que podem ser destruídos cerca de 72 milhões de empregos em setores mais afetados pelo estresse climático até 2030, se nada for feito. Indica também a OIT que a transição para a neutralidade do clima pode gerar no mundo até 100 milhões de novos empregos no mesmo período. Estima que 2,4 bilhões de trabalhadores no mundo poderão ser expostos ao calor extremo e que a produtividade do trabalho pode ter uma queda de 2% nesse período.
No Brasil, temos imensas possibilidades de avançar para uma economia renovável e sustentável com a atual matriz elétrica já majoritariamente limpa, potencial em energia solar, eólica, biomassa e hidrogênio verde. Mas a transição não será automática nem justa se não houver planejamento e interesse politico para tal. Empregos em setores fósseis e em atividades ambientalmente predatórias serão destruídos. Se não houver políticas de reconversão profissional e de proteção social, milhares de trabalhadores poderão ser lançados no desemprego ou na precarização. Transição justa significa que ninguém ficará para traz na transição para uma economia sustentável.
É por isso que a ideia de transição justa, defendida pela OIT e por sindicatos no mundo inteiro, é tão importante: cada mudança ambiental precisa vir acompanhada de diálogo social, proteção ao emprego e investimentos em capacitação.
Transição demográfica
O Brasil está envelhecendo rapidamente, vivemos mais e temos menos filhos. A participação da população idosa no total da população, que era de apenas 5% em 1970, deve chegar a quase 30% em 2050.
Isso traz implicações como a pressão sobre a previdência e a seguridade social, exigindo fontes estáveis de financiamento; escassez relativa de força de trabalho jovem, o que pode impactar a dinâmica de inovação e crescimento; expansão da economia do cuidado, com demanda crescente por profissionais de saúde, cuidadores, professores e serviços sociais; a necessidade de uma nova abordagem do tempo dedicado ao trabalho ao longo da vida.
O desafio será relacionar produtividade com salários dignos em uma sociedade que envelhece. Isso significa, p.ex., investir em aprendizado ao longo da vida, tratar da jornada de trabalho diária e ao longo da vida, a valorização do emprego público e políticas públicas que combatam a discriminação etária no mercado de trabalho, entre outros.
Transição produtiva e geopolítica
Enfrentamos a transição produtiva e geopolítica desde 2020 com a crise sanitária do Covid e, atualmente, agravadas pelo tarifaço norte-americano e pelas disputas comerciais globais. As tarifas impostas pelos EUA afetam diretamente exportações brasileiras de diferentes setores. Estamos diante de uma reconfiguração do comércio mundial e das relações de poder, em que cada país busca proteger sua indústria e seus empregos.
Para o Brasil, a resposta deve ser clara: precisamos avançar na política industrial, que combine inovação tecnológica, sustentabilidade ambiental e inclusão social. Precisamos diversificar mercados, fortalecer cadeias regionais no Mercosul e na América Latina, rever regras de propriedade intelectual que limitam a inovação, investir em ciência e tecnologia. Isso tudo tem alto potencial de incrementar a produtividade e deve ser realizado no contexto prospectivo de uma economia verde e de uma força de trabalho madura.
Do ponto de vista do trabalho, significa lutar por políticas ativas de emprego, apoio à indústria nacional e participação dos trabalhadores nas discussões sobre política econômica.
Desafios
Essas quatro transições podem ter impactos virtuosos sobre o incremento da produtividade. Mas quem ganhará com o crescimento da produtividade?
Se prevalecer a lógica do mercado desregulado das ultimas décadas, continuaremos com concentração de renda, precarização e exclusão. Mas se tivermos políticas públicas robustas, sindicatos fortes e diálogo social, podemos transformar essas transições em oportunidades de justiça social, desenvolvimento sustentável e prosperidade compartilhada.
Do ponto de vista da classe trabalhadora, produtividade só faz sentido se for acompanhada de salários dignos e empregos de qualidade para todos, já nos indicava o DIEESE desde 1980. Por isso, cada transição, no conjunto de profundas transformações, deve ser justa, garantindo que trabalhadores e trabalhadoras não sejam os perdedores da mudança. Mais uma vez o futuro do trabalho se coloca como uma escolha social e política. Cabe-nos, como sociedade, decidir se o incremento da produtividade será inclusivo ou excludente, democrático ou concentrador.
Se quisermos mais empregos, melhores salários e uma produtividade virtuosa, precisamos construir um projeto de desenvolvimento que una transição tecnológica, ambiental, demográfica e produtiva sob a mesma lógica: a centralidade do trabalho e da democracia no projeto de desenvolvimento econômico e produtivo.
[1] Sociólogo, coordenador do Fórum das Centrais Sindicais, membro do CDESS – Conselho de Desenvolvimento Econômico e Social Sustentável da Presidência da República, membro do Conselho Deliberativo da Oxfam Brasil, Enviado Especial para COP-30 sobre Trabalho, consultor e ex-diretor técnico do DIEESE (2004/2020).
[2] Publicação que registra os debates está disponível em: http://www.dieese.org.br/cedoc/Produtividade_campanha_salarial.pdf
[3] Palestraram no Seminário: Roberto Santos, Lenina Pomeranz, Roberto Macedo, Paulo Renato Souza, Carlos Eduardo Gonçalvez, Rodolfo Hoffmann, Andrea Calabi, Kurt Weill, Afonso Carlos Correa Fleury, José Serra, Paul Singer, Eduardo Suplicy, e contou com a colaboração de Ademar Sato, Aloísio Mercadante, Claudio Salm, Dorotéia Werneck, Eduardo Fagnani, José Matoso, Mario Luiz Possas, entre outros.
DIAP
https://diap.org.br/index.php/noticias/artigos/92399-
por NCSTPR | 12/09/25 | Ultimas Notícias
A Oitava Turma do Tribunal Superior do Trabalho condenou a Via BH Coletivos Ltda., de Belo Horizonte (MG), a pagar uma hora extra por dia em que um motorista não usufruiu integralmente o período de 60 minutos de descanso. A condenação decorre da invalidade da norma coletiva vigente entre 2014 e 2016, que estipulava intervalo de 20 minutos e a possibilidade de fracionamento em dois períodos de dez minutos.
Pausa mínima deve ser de 30 minutos
O Tribunal Regional do Trabalho da 3ª Região (MG) tinha negado o pedido de horas extras. Para o TRT, a Lei dos Motoristas (Lei 13.103/2015) permite a redução ou o fracionamento do intervalo intrajornada por norma coletiva ou legal.
Contudo, de acordo com o desembargador convocado José Pedro de Camargo, relator do recurso do motorista, a cláusula da convenção coletiva contraria uma decisão do Supremo Tribunal Federal. Ao examinar a constitucionalidade da Lei dos Motoristas (ADI 5322), o STF afirmou a necessidade de respeitar uma pausa de pelo menos 30 minutos, em observância às condições mínimas de saúde dos profissionais.
Contrato era anterior à Reforma Trabalhista
Assim, o colegiado condenou a empresa a pagar uma hora extra por dia nas ocasiões em que esse período de repouso não foi assegurado. O relator observou que a Reforma Trabalhista (Lei 13.467/2017) passou a determinar o pagamento como extra apenas dos minutos residuais do intervalo de uma hora que não foram usufruídos. No caso, o motorista trabalhou para a empresa entre 2014 e 2015, período em que essa previsão ainda não existia.
A decisão foi unânime.
Processo: RRAg-11466-50.2017.5.03.0013
TST JUS
https://www.tst.jus.br/en/-/motorista-de-onibus-recebera-hora-integral-por-intervalo-de-apenas-20-minutos